Equipe da Fundação Gerações foi conhecer a realidade das instituições
contempladas pelo edital do Fundo Porto de Todos
A Coordenadora Geral da Fundação Gerações, Karine Ruy, realizou nesta terça-feira visitas a três instituições que foram selecionadas pelo edital da Linha Emergencial do Fundo Porto de Todos (FPT). A primeira entidade a receber a gestora foi a Associação das Creches Beneficentes do Rio Grande do Sul da Vila Farrapos, em Porto Alegre.
O psicólogo e gestor Ricardo Cabral da Silva mostrou os espaços afetados pela enchente e os que já estão sendo reformados. Explicou que a água chegou a 2m15cm e tudo do andar inferior foi perdido. Com isso, o atendimento está reduzido, mas a comunidade está retornando aos poucos e as crianças estão começando a frequentar os programas. “A ACEBERGS está há 40 anos no território e é uma referência em ajuda humanitária a esta comunidade, mas está no momento de reconstrução. Atendemos crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, no turno inverso ao da escola, com atividades de musicalização, informática, pedagogia, recreação. Aqui recebem alimentação e cuidados com higiene. Além disso, atendemos um grupo de idosos que convivem e fazem oficinas. Por isso, o apoio da Fundação é fundamental neste momento”, destacou o gestor.
A segunda agenda foi na Associação Criança Feliz de Canoas, onde a presidente Maria Inês Urbano acompanhou a coordenadora da FG nas salas e locais onde atuam com Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças e adolescentes e suas famílias. É um público de 80 crianças, na faixa etária dos 7 aos 14 anos de idade, e 54 famílias atendidas – em média de 6 a 8 pessoas por família – alcançando em torno de 400 pessoas. A instituição foi fortemente danificada em sua estrutura e passará por uma reforma total para poder voltar a atender esta comunidade. Por hora estarão em um prédio alugado próximo dali prestando seus serviços. “A Associação foi muito prejudicada pela enchente e nosso público é de famílias em vulnerabilidade social. Precisamos reconstruir nossa sede que está bastante precária. Estamos buscando parceiros para poder montar um laboratório de informática e poder oferecer aos jovens qualificação. Esta parceria com a Fundação Gerações é muito legal. Agradeço a Deus por ter colocado vocês no nosso caminho”, explica Inês.
A agenda do dia foi finalizada em São Leopoldo, no Centro Medianeira, uma instituição de assistência social, que atende crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, em vulnerabilidade social. Oferecem atividades culturais, esportivas, sociais e profissionalizantes, que contribuem para a transformação social da vida das crianças e adolescentes, suas famílias e a comunidade. Atendem em dois espaços: o Núcleo Pe. Graziano Stablum, no bairro Campina, e o Núcleo Guerino Roso, no centro onde a direção e parte do atendimento está acontecendo e onde a gestora da Fundação foi recebida pela diretora Renata da Silva Rodrigues e sua assistente Cintia Maciel. Após uma conversa, o destino foi conhecer o local de atendimento no bairro Campina que foi muito afetado pela enchente e está sendo reformado.
“Nós temos um pensamento aqui sobre o que queremos entregar aos atendidos. É uma forma de pensar que temos de ser exemplo e oferecer espaços bonitos e acolhedores, pois eles já vivem nas periferias e merecem este cuidado e se sentir capazes de frequentar lugares assim”, referiu a diretora. Cintia comentou a importância da parceria com a Fundação neste momento: “Ficamos com tudo submerso por 24 dias, perdemos tudo que tínhamos. Estamos passando por uma reforma bem importante para poder voltar a atender as nossas crianças e adolescentes e esta parceria com a Fundação Gerações veio em boa hora e vai nos ajudar muito”, concluiu.
Para Karine a agilidade da FG na atuação junto às OSCs, o assessoramento a longo prazo e o fortalecimento das lideranças são fundamentais neste processo: “A Fundação vai acompanhar estas instituições nos próximos dois anos. Não se trata de apenas repassar o recurso, mas de ofertar capacitação para os gestores e acompanhar a evolução do trabalho, buscando parceiros na rede de apoio para atender a outras necessidades que forem surgindo ao longo deste período. A ideia é dar suporte para que consigam restabelecer seu atendimento à comunidade e ainda ampliá-lo”, explicou Karine.
O Fundo Porto de Todos objetiva fortalecer as organizações que impactam as comunidades, pois a FG acredita que todo território reúne iniciativas e lideranças comprometidas com o desenvolvimento local. Este trabalho está acontecendo graças ao investimento feito pela Eagle Burgmann, Instituto ACP, Instituto Helda Gerdau, Movimento Bem Maior, Engie Brasil e GDM, além de pessoas físicas que realizaram doações ao Fundo. Qualquer pessoa ou empresa pode contribuir para o FPT. Saiba mais em: https://fundacaogeracoes.org.br/fundo-comunitario-porto-de-todos/