Kitanda da Bia reabre as portas na Ilha da Pintada

12/05/2025 | Fundo Porto de Todos

Após ter sido assolada pela enchente de maio de 2024, e ter passado por novos estragos pelas chuvas em abril de 2025, reabriu no último sábado, 10 de maio, a Kitanda da Bia, negócio de impacto social liderado por Beatriz Gonçalves, vice-coordenadora do Instituto Camélia  (https://fundacaogeracoes.org.br/entrevista-com-beatriz-goncalves-lideranca-comunitaria-que-luta-pelo-desenvolvimento-da-regiaao-das-ilhas/) na Ilha da Pintada, em Porto Alegre (RS). A Kitanda da Bia é uma iniciativa conectada ao Instituto Camélia, OSC apoiada pela Fundação Gerações via Linha Emergencial do Fundo Porto de Todos.

Experiências piloto do Instituto Camélia, a Kitanda da Bia e a Kitanda da Tyna, foram abertas em 2021 com a perspectiva de levar alimento saudável para a periferia e também gerar trabalho e renda para mulheres negras e chefes de família do território. Porém, tanto a parte estrutural do espaço quanto produtos e mercadorias foram perdidos em maio.  “Como gestores dos projetos chegamos a refletir se iríamos abrir ou não estes espaços, mas conjuntamente decidimos reabrir um ano após esta tragédia, porque as pessoas que irão permanecer na Ilha têm o direito a acessar estes alimentos saudáveis”, explica Elisiane Jahn, coordenadora do Instituto Camélia.

Os alimentos vendidos nas Kitandas são ‘in natura’ ou semiprocessados e produzidos pela agricultura familiar e camponesa. Além disso, os espaços podem vender produtos feitos por outros grupos de mulheres destes territórios. A Kitanda da Bia já comercializou pão produzido na comunidade, sabão artesanal feito por uma moradora da Ilha e artesanato local. “Estamos atentas para verificar como podemos ampliar estes negócios locais para que também se tornem sustentáveis”, ressalta Elisiane.

O Instituto Camélia está construindo, juntamente com a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Profissional do Rio Grande do Sul, um projeto de ampliação da rede de Kitandas para mais cinco territórios de Poto Alegre: Restinga, Rubem Berta, Bom Jesus, Santa Tereza/Cruzeiro e Partenon.

O processo capacitação das novas quitandeiras começa em maio de 2025 e segue por um mês. Em paralelo à formação acontece a reforma dos novos espaços comerciais. As empreendedoras escolhidas para esta primeira etapa são oriundas da Restinga, Rubem Berta e Bom Jesus. A previsão de abertura das novas três Kitandas está marcada para junho. O Instituto Camélia tem apoio do Fundo Porto de Todos da Fundação Gerações.

Notícias relacionadas