A Fundação Gerações finalizou na segunda-feira (07/07) a Trilha de Desenvolvimento Institucional oferecida às organizações sociais apoiadas pela Linha Emergencial do Fundo Comunitário Porto de Todos. Foram quatro encontros facilitados pelo sociólogo Domingos Armani (@domingosarmani), especialista no desenvolvimento integral e sistêmico de organizações da sociedade civil há mais de 25 anos. Participaram deste processo as seguintes entidades: Associação dos Deficientes Visuais de Canoas – ADEVIC, Associação Grupo Chimarrão da Amizade (Mathias Velho, Canoas), Ação Comunitária Participativa- Acompar (Sarandi, Porto Alegre), Instituto Camélia (Ilha da Pintada, Porto Alegre), Associação Comunitária dos Moradores da Ilha das Flores (Ilha das Flores), Associação de Amigos da Comunidade Cabo Rocha – ACBR (Porto Alegre), Associação Comunitária Criança Feliz (Canoas), Centro Medianeira (São Leopoldo), Associação das Creches Beneficentes do Rio Grande do Sul (Porto Alegre).
Para Priscila de Oliveira Barbosa, gestora administrativa da Associação Grupo Chimarrão da Amizade, de Canoas, a trilha de DI representou um momento de reflexão, aprendizado e trocas. “Foi um espaço rico de análise, onde conseguimos identificar nossas fragilidades, mas, principalmente, visualizar caminhos para o fortalecimento institucional. O Domingos nos apresentou ferramentas valiosas que não apenas contribuem para nosso desenvolvimento pessoal e profissional, mas também ampliam nossa visão como gestores da área da assistência social. Saímos desses encontros mais fortalecidos, inspirados e munidos de estratégias poderosas que nos ajudarão a avançar na busca pela sustentabilidade financeira e organizacional. Nosso agradecimento especial à Fundação Gerações e ao Dr. Domingos Armani por essa oportunidade transformadora”, relata.
Ana Cláudia Oliveira, Coordenadora do Núcleo 4 da Acompar, de Porto Alegre, concluiu a formação entendendo o papel estratégico do diagnóstico institucional. “O quanto é importante termos um retrato diagnóstico daquilo que está acontecendo com a nossa instituição para sim poder traçar um plano de ação, ver os objetivos que se precisa garantir primeiro para depois alçar voos maiores. Nós, enquanto instituição, vamos continuar trabalhando nesses conceitos que aprendemos nesta trilha para melhorar o nosso trabalho e entregar cada vez mais para a sociedade um serviço de qualidade e profissional”, afirma.
Domingos Armani, diz que foi muito importante as quatro oficinas para essas organizações. “Nesta capacitação as OSCs abriram um processo de discutir o seu desenvolvimento institucional, colocando sua energia no que importa nesse período de retomada, onde não há abundância de recursos, há muitas demandas para voltar a consolidar os estágios anteriores, mas também, junto com isso, há novas oportunidades. Uma parte é recuperar condições passadas de infraestrutura, de instalações, de relações, de atividades, mas também há uma parte que é de novas oportunidades, que começou com o apoio do Fundo Porto de Todos e outros apoios que precisam aproveitar, inclusive do ponto de vista de relacionamento e financiamento”, explica o especialista.
Segundo Armani, o curso de desenvolvimento institucional também proporcionou um momento para estimular a reflexão interna coletiva nas organizações e pensar sobre o que é mais importante nesse momento, ou seja, o que é o prioritário para alavancar o desenvolvimento e o fortalecimento das organizações. “Criou-se um espaço coletivo de reflexão sobre a organização, seu desenvolvimento, o que resultou, em alguns dos casos de forma muito nítida, uma sinalização de prioridades do que importa no ‘arrumar a casa’ nesse momento, o que seriam prioridades de captação ou de planejamento estratégico, ou de melhor definição de papéis, atribuições, etc. É importante a gente se dar conta que algumas são organizações pequenas, com várias décadas de existência, mas que não têm uma enormidade de recursos à sua disposição. Portanto, têm limitações de recursos, de equipe de colaboradores. Então, surge a pergunta de como se adaptar às mudanças organizacionais e como alterar padrões culturais nesse contexto”, relata Domingos.
Após a trilha de formação, a FG inicia a etapa do Diagnóstico Organizacional, Avaliação e Planejamento. A partir das demandas de DI identificadas com as OSCs apoiadas serão oferecidas atividades de assessoramento especializado e novas rodadas de apoio financeiro de forma customizada e conectada ao potencial de cada instituição.
Sobre o Fundo Porto de Todos
O Fundo Porto de Todos – FPT da Fundação Gerações, primeiro Fundo Comunitário do RS, surgiu para engajar pessoas e instituições em prol do desenvolvimento social das comunidades mais vulneráveis de Porto Alegre e Região Metropolitana. No ano de 2024, o FPT direcionou seus ativos ao apoio financeiro e técnico a organizações com atuação relevante nas periferias mais atingidas pela forte inundação de maio de 2024, como forma de contribuir para os processos de regeneração comunitária nestes territórios. Em 2025, o FPT todos sua quarta chamada pública, direcionada a projetos de Geração de Renda para Mulheres. Conheça mais e saiba como apoiar aqui.
